13 de abril
Avanço salarial dos farmacêuticos
Acabamos de conquistar mais uma negociação salarial. Com o avanço, o piso de Santa Catarina superou o de muitos outros estados. Veja como ficou o salário do farmacêutico com os acordos já fechados em SC:
COMÉRCIO ITAJAÍ R$ 2.100,00 (INPC + 13.64%) COMÉRCIO (restante do estado) R$ 1.800,00 (INPC + 1,34%) HOSPITALAR R$ 1.800,00 para especializados (INPC + 7%) e R$ 1.700,00 Para não especializados (INPC + 0.7%) LABORATORIOS R$ 2.340,00 (INPC) DISTRIBUIDORAS R$ 1.800,00 (INPC% + 1,34%)
Pontos positivos da negociação
– Acordo de Itajaí O SindFar fechou acordo com os Sindicatos do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Itajaí (Sincofarma) fixando o piso dos farmacêuticos que atuam nas farmácias e drogarias em R$ 2.100,00. É o segundo ano consecutivo em que o patronal da região, dirigido por um colega farmacêutico, demonstra disposição em valorizar o profissional com reajuste acima do restante do estado. Seguirão a convenção da região as farmácias e drogarias filiadas ao sindicato patronal da região nos seguintes municípios: Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Brusque, Camboriú, Canelinha, Guabiruba, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luiz Alves, Major Gercino, Navegantes, Nova Trento, Penha, Porto Belo, São João Batista e Tijucas.
– Compromisso de empresas de farmacêuticos A rede Farma&Farma assinou termo de compromisso com o Sindicato dos Farmacêuticos comprometendo-se a recomendar aos associados a elevação do piso dos profissionais para R$ 2.100 em todo o estado. O SindFar também procurou a Anfarmag para firmar o mesmo termo de compromisso com os colegas da área magistral. O tema voltará a discussão na próxima assembleia da associação.
– Agilidade O processo de negociação deste ano também foi um dos mais ágeis. Nos últimos dias de março, já havia novo piso estabelecido para os profissionais do comércio, laboratórios, hospitais e distribuidoras. Resta apenas fechar os pisos da indústria, historicamente mais morosos. Em 2010, o acordo com o patronal do comércio saiu apenas em agosto.
– Equiparação salarial do hospitalar Depois de anos de argumentação, um avanço importante na negociação do piso dos profissionais dos hospitais: o salário dos que comprovarem especialização na área será equiparado ao dos farmacêuticos do comércio (R$ 1800,00). O salário dos farmacêuticos não especializados na área subirá de R$ 1.587,26 para R$ 1700. Trata-se de uma conquista histórica para os profissionais dos hospitais, que há anos amargam um dos salários mais baixos da categoria.
– Vale-alimentação Houve um princípio de sensibilização dos patronais para inclusão de vale-alimentação numa próxima negociação
Por que há salários diferentes para os farmacêuticos no estado?
O piso salarial do farmacêutico é negociado entre o sindicato dos profissionais (SINDFAR) e os sindicatos e federações patronais de cada área: farmácias comerciais, laboratórios, hospitais… enfim, todos os patronais das empresas onde os farmacêuticos atuam. No total são dezesseis sindicatos para quem o SINDFAR precisa apresentar e defender a pauta dos farmacêuticos. No caso do comércio, há ainda sindicatos em cada região: há Sindicatos do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Joinville, Vale do Itajaí, Itajaí, Florianópolis e Oeste Catarinense. Alguns patronais são mais sensíveis às reivindicações dos farmacêuticos do que outros e, portanto, mais flexíveis. Por exemplo: em 2008, os profissionais de Florianópolis amargaram um piso vergonhoso, abaixo do resto do estado. Tudo porque o patronal da capital não admitiu aumentar o salário ao patamar negociado no resto do estado. Já nos dezoito municípios de base territorial do patronal de Itajaí (Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Brusque, Camboriú, Canelinha, Guabiruba, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luiz Alves, Major Gercino, Navegantes, Nova Trento, Penha, Porto Belo, São João Batista e Tijucas), desde o acordo passado, os farmacêuticos recebem a melhor remuneração do setor. Lá, o sindicato patronal dirigido por um colega farmacêutico tem demonstrado maior preocupação com a elevação salarial dos profissionais.
Por que não conseguimos alcançar o piso proposto e todos os benefícios na pauta de reivindicações?
A pauta de reivindicações para a Convenção Coletiva de Trabalho é o documento construído pelos farmacêuticos em assembléia para ser apresentado aos patrões na negociação. Ela é o instrumento que materializa o desejo dos farmacêuticos por um salário melhor e por benefícios. Mas durante a negociação, cada ponto (valor do piso, auxílio-creche, alimentação, etc) é discutido individualmente e nem sempre as propostas são aceitas. Numa negociação, cada um defende o seu lado. Assim como o SindFar reúne os farmacêuticos para propor um salário maior na pauta, os sindicatos patronais também fazem assembleias para votar a nossa proposta. E a maioria deles está muito mais interessada em não “gastar” com o farmacêutico do que em valorizar o trabalho. Então, cada pequeno avanço é uma grande conquista. Foram necessários anos de argumentação para conseguir convencer os patrões que farmacêutico não é caixa e que, portanto, não deve pagar quebra de caixa; obter a baixa de responsabilidade técnica custeada pelo empregador que demitir o farmacêutico; a desobrigação do cumprimento dos 30 dias do aviso-prévio caso o profissional encontre m novo emprego, entre outros benefícios.
Ainda estamos longe de um salário ideal e do reconhecimento que merecemos. Mas para que os itens da pauta virem cláusula do acordo, com força de lei, garantindo a manutenção dos nossos direitos e a ampliação dos benefícios, é fundamental o empenho de cada um de nós. Os sindicatos patronais precisam entender que juntamente esse documento, está a vontade dos farmacêuticos. Essa vontade é expressa no engajamento da categoria para as assembléias durante todo o ano, para além do período de campanha salarial. É assim que vamos construir juntos uma campanha salarial cada vez mais vitoriosa para os farmacêuticos de Santa Catarina.
29 de março
Piso dos farmacêuticos da região de Itajaí é de R$ 2.100,00
O SindFar fechou acordo com o Sindicato Sindicatos do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Itajaí (Sincofarma) fixando o piso dos farmacêuticos que atuam nas farmácias e drogarias em R$ 2.100,00. O auxílio-creche também foi reajustado com base no INPC (6,36%) e ficou em R$ 85. Foram mantidas as demais cláusulas sociais do ano passado.
É o segundo ano consecutivo em que o patronal da região, dirigido pelo colega farmacêutico Ademir Tomazoni, demonstra disposição em valorizar o profissional com reajuste acima do restante do estado.
Seguirão a convenção da região as farmácias e drogarias filiadas ao sindicato patronal da região nos seguintes municípios:
Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Brusque, Camboriú, Canelinha, Guabiruba, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luiz Alves, Major Gercino, Navegantes, Nova Trento, Penha, Porto Belo, São João Batista e Tijucas
28 de março
Novo piso dos farmacêuticos do comércio fica em R$ 1.800,00
Os sindicatos patronais do comércio oficializaram nesta segunda, 28 de março, a oferta final para o reajuste dos farmacêuticos. Os proprietários de farmácia ligados aos sindicatos patronais não aceitaram a última proposta feita pelo SindFar na reunião do dia 17 de março e acordaram em reajustar para R$ 1.800,00 o salário dos farmacêuticos. Os profissionais que já ganham acima do piso terão acréscimo equivalente ao INPC (6,36%). As cláusulas sociais do acordo passado foram mantidas e o auxílio-creche subiu de R$ 79 para R$ 85,00.
A direção do SindFar lançou mão de todos os argumentos possíveis para convencer os patrões da importância de uma elevação substancial no salário do farmacêutico, mas eles foram inflexíveis. Também não havia possibilidade de ingressar com pedido de dissídio por conta dos limites impostos pela Emenda 45 (os patrões formalizaram documento na primeira reunião declarando discordância). Esgotadas todas as possibilidades, o SindFar aceitou o acordo, mas retirou a proposta de validade de dois anos para reabrir a negociação no próximo ano.
A exemplo do ano passado, o acordo dos farmacêuticos da região de Itajaí será fechado em separado. O sindicato patronal da região, dirigido por um farmacêutico, demonstra intenção em conceder um reajuste mais generoso, evidenciando a disposição de reconhecer e valorizar o farmacêutico. O mesmo ocorre nas farmácias da Farma&Farma, rede de farmacêuticos proprietários que assinou termo de compromisso recomendando aos associados adesão ao piso de R$ 2.100,00.
A convenção do comércio será publicada assim que a DRT efetuar o registro do termo de acordo, processo que pode levar até dois meses. Mas as empresas que ainda não fecharam a folha de pagamento de abril já poderão lançar o reajuste, retroativo a 01 de março.
Alguns direitos assegurados pela convenção do comércio
– horas-extra: limite de 2 horas diárias, com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) e para as subseqüentes, acréscimo de 100% em relação ao valor das horas normais – adicional noturno de 30% – adicional de insalubridade com base no mínimo nacional, mediante laudo técnico competente – fornecimento de lanches para os empregados em regime de horas extras – baixa da RT do profissional junto ao CRF custeada pela empresa quando demitir o profissional ou em caso de rescisão indireta – abono de 03 faltas para acompanhamento dos filhos até 14 anos em consulta médica ou internação hospitalar – abono de 4 faltas por ano para participar de congressos, reuniões, simpósios e encontros técnicos do setor farmacêutico
25 de março
ATENÇÃO: COMÉRCIO ANTECIPA CONTRA-PROPOSTA. É HORA DE MOBILIZAÇÃO!
Os patronais do comércio de Criciúma, região Oeste, Tubarão, Joinville e Blumenau anteciparam, por e-mail, a contra-proposta para o piso dos farmacêuticos: em assembleias, os patrões não aprovaram a proposta de elevar o piso do farmacêutico para R$ 2.000,00, como propunha o SindFar. A proposta do Sistema Sincofarma-SC é o piso de R$ 1.800,00.
Os patrões teria discutido também a aderir ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), conforme sugerido pelo SindFar, mas não houve consenso.
A reunião de negociação da próxima segunda-feira (28) está mantida. A diretoria do SindFar vai insistir para que os patrões aceitem melhorar as cláusulas sociais, elevando os ganhos.
Até lá, ajude a sensibilizar os patronais! O SindFar divulga abaixo os e-mails dos sindicatos. Copie e cole o texto abaixo e envie!
ASSUNTO: VALORIZAR O FARMACÊUTICO É CUIDAR DA SAÚDE PÚBLICA
Senhores patrões
Como profissionais que atuam na linha de frente das farmácias, cumprindo um papel estratégico para a saúde da população, viemos solicitar a sua compreensão no sentido de valorizar o meu trabalho, elevando o piso salarial da categoria. Além para melhorar a vida da minha família e viabilizar a meu aperfeiçoamento, esse ganho também é do estabelecimento.
Atenciosamente,
Farmacêutico
Contatos
sincofarma@cdljoinville.com.br
sindilojas@sindlojasblumenau.com.br
sincofarma.itajai@fecomercio-sc.org.br
sistema@sincofarma.com.br
aciho@gmail.com
farmaciaherval@yahoo.com.br
sindicarne@ccmail.com
brstiajs@netuno.com.br
sindivinho@formatto.com.br
sindipi@sindipi.com.br
sindimate.sc@bol.com.br
sindarroz@sindarroz-sc.com.br
sindicatodocafe@terra.com.br
Dois primeiros acordos fechados: R$ 2.340,00 para profissionais dos laboratórios Hospitalar equiparado ao piso do comércio
O SindFar fechou acordo salarial com as diretorias do Sindilab e da Fehoesc. O piso dos farmacêuticos que atuam nos laboratórios subiu de R$ 2.200,00 para R$ 2.340,00. O Sindilab tem se destacado nas negociações por favorecer o reconhecimento do profissional que atua nos laboratórios.
Hospitalar
Depois de anos de argumentação, um grande avanço importante na negociação do piso dos profissionais dos hospitais: o salário dos que comprovarem especialização na área será equiparado ao dos farmacêuticos do comércio (ainda em negociação). Mesmo os farmacêuticos não especializados na área passarão a receber R$ 1700.
Trata-se de uma conquista histórica para os profissionais dos hospitais, que há anos amargam um dos salários mais baixos da categoria. “Obter o reconhecimento dos patronais pela valorização do profissional que se aprimora para melhorar o seu trabalho é muito importante”, afirma a diretora Fernanda Mazzini.
Pisos acordados
Laboratórios – R$ 2.340,00 Hospitais – R$ 1700 pra quem não tem especialização Equivalente ao piso do comércio pra quem comprovar especialização na área de hospitalar
21 de março
Farma&Farma recomenda piso de R$ 2.100; Anfarmag adia decisão
A rede Farma&Farma assinou termo de compromisso com o Sindicato dos Farmacêuticos comprometendo-se a recomendar aos associados a elevação do piso dos profissionais para R$ 2.100. A intenção foi formalizada durante o lançamento da campanha pelo Uso Racional de Medicamentos no dia 18 de março, em ato que concentrou líderes da categoria e profissionais na plenária do CRF/SC.
Segundo o representante da Farma&Farma, o farmacêutico José Amazonas Gaspar, a remuneração acima do piso pago pelo comércio já é praticada nas cerca de cem farmácias associadas. No entanto, a formalização tem a função de marcar concretamente a opção da rede pela valorização do trabalho do farmacêutico.
“A postura avançada da rede é uma prova de consideração e da consciência de classe dos colegas proprietários de estabelecimento”, afirma o vice-presidente do SindFar, Ronald Ferreira dos Santos.
O SindFar também procurou a Anfarmag para firmar o mesmo termo de compromisso com os colegas da área magistral. A presidente Caroline Junckes foi ouvida pelos associados durante cerca de uma hora na reunião mensal da associação no dia 19 de março. No entanto, não houve a mesma disposição dos proprietários. A decisão foi adiada para a próxima assembleia, após maior debate entre os associados.
21 de março
Patrões oferecem piso de R$ 1.800. Para SINDFAR, farmacêutico merece, no mínimo, R$ 2.000
A proposta dos patronais do comércio apresentada em reunião no dia 17 de março na Fecomércio é a concessão do reajuste equivalente ao INPC + 1,33%, o que significa elevar o piso do farmacêutico para R$ 1800,00. Entre as justificativas, a de que as perspectivas são de retração do setor (suprimir a palavra crescimento). A presidente do SindFar, Caroline Junckes contra-argumentou que o reajuste se refere aos últimos 12 meses, portanto deve considerar as perdas salariais, e o crescimento registrado no ano passado, que atingiu percentuais acima de 8% para o setor.
Diante da proposta de R$ 1.800, considerada muito aquém das necessidades, a diretoria do SindFar argumentou que pauta inicial dos farmacêuticos fixou a proposta em R$ 2.580,00 por considerar o mínimo para corresponder às necessidades e responsabilidades que a nossa profissão exige. “É uma questão de justiça estabelecer um salário que viabilize a qualificação profissional, sustentar uma família, enfim, justificar cinco anos de investimento em formação”, argumentou a presidente.
Mas os patrões permaneceram irredutíveis. A diretoria do SindFar, então, procurou propor alternativas que possam elevar os ganhos em, pelo menos R$ 1.900,00 além da ampliação de outros benefícios, chegando ao patamar de R$2.000,00 Entre as cláusulas sociais, o avanço foi a possibilidade de garantir na convenção a concessão do vale-refeição. Embora a maioria dos patronais ainda resista à ideia, o SindFar se comprometeu produzir um documento orientando os sindicatos patronais e escritórios de contabilidade sobre como aderir ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), programa do Governo Federal para viabilizar a concessão do benefício
O SindFar também reivindicou a ampliação para 12 ausências anuais para aperfeiçoamento profissional e a previsão na convenção do fornecimento de medicamentos a preço de custo para profissionais e parentes até 1º grau. Embora algumas empresas já concedam o benefício, alguns patronais não admitem declarar em convenção. O restante das cláusulas, como abono do dia do Farmacêutico e gratificação por direção técnica, foram mais uma vez ignorados pelos patronais.
A maioria se comprometeu em submeter a nova proposta do SindFar às assembleias de associados e trazer resposta aos farmacêuticos em uma nova reunião no dia 28 de março, às 14 horas na sede do SindFar. A única exceção foi o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Oeste Catarinense -, representada pelo farmacêutico Sérgio Giacometti, que afirmou que a base patronal é irredutível com relação ao piso.
A região de Itajaí, que hoje tem o piso mais elevado do estado (R$ 1.750) também terá negociação em separado. Há sinalização do patronal de que o salário dos profissionais da região chegue a R$ 2.000,00. Até a próxima reunião, o Sindicato dos Farmacêuticos vai convocar os farmacêuticos a uma campanha de sensibilização dos sindicatos patronais pela internet. Acompanhe e fique atento!
Proposta dos patronais: Piso de R$ 1.800,000 Auxílio-creche de R$ 85
Contra-proposta do SindFar: Piso por um ano – R$ 1900 + auxílio-creche proporcional + vale-alimentação Piso por dois anos – R$ 2000 + INPC + auxílio-creche proporcional + vale-alimentação
16 de março
SINDFAR reivindica equiparação salarial para o piso hospitalar
Contraproposta do patronal marcada para 25 de março
As diretorias da Federação dos Hospitais e do Sindicato dos Laboratórios devem avaliar a pauta dos farmacêuticos na próxima semana. Uma reunião de negociação para apresentar a contraproposta dos patronais foi agendada para o dia 25 de março.
O SINDFAR reivindica minimamente a garantia de equiparação com novo piso em negociação com o comércio varejista. Em conversa com a presidente do SindFar, Caroline Junckes, diretores das entidades patronais adiantaram que não há disposição em conceder reajuste além do INPC aos farmacêuticos. A presidente exigiu que a proposta seja melhor avaliada, considerando que os trabalhadores da área hospitalar, juntamente com os colegas da indústria, têm os salários mais baixos da categoria “É uma remuneração absurdamente baixa para uma função que exige formação especializada e tem uma responsabilidade tão grande”, argumenta a Caroline Junckes.
15 de março
Piso nos estabelecimentos de propriedade de farmacêuticos pode ser de R$ 2.100,00
O piso salarial dos profissionais que atuam em farmácias de propriedade de farmacêuticos pode ser fixado em RS 2.100,00. Para isso, basta que os estabelecimentos associados à Farma&Farma subscrevam o acordo firmado entre o Sindicato dos Farmacêuticos e a rede. O termo que prevê o benefício será assinado na próxima sexta-feira, 17 de março, durante a plenária do CRF/SC, em Florianópolis.
Como a Farma & Farma é uma associação e não tem caráter sindical, a decisão não é obrigatória e depende da adesão de cada proprietário para valer. “Trata-se de um compromisso político assumido pela rede, dirigida por colegas farmacêuticos, em favor da valorização da nossa categoria. É um reconhecimento de colega para colega”, diz o vice-presidente Ronald Ferreira dos Santos.
25 de fevereiro
Patrões não aceitam intervenção da Justiça para garantir reajuste dos farmacêuticos
A primeira reunião de negociação não resultou em contraproposta alguma. Nem mesmo os patronais do comércio, que teriam apreciado a pauta dos farmacêuticos durante reunião na Fecomércio no dia 9 de fevereiro apresentaram parecer formal. Apenas sinalizaram com a concessão de (somente) o percentual de inflação (INPC, que deve ficar em torno de 6%, ou R$ 100,2 para a maioria dos salários). O piso proposto pelo SindFar é de R$ 2.580,00 + INPC – valor que consideramos o mínimo justo para o trabalho e a responsabilidade do farmacêutico.
Ao contrário de propor avanços para a valorização salarial (e, consequentemente, profissional) dos profissionais, todos os patronais – sem exceção – aproveitaram a situação para registrar que não autorizam o SindFar a ingressar com ação judicial para dissídio, baseados na Emenda Constitucional 45. Essa norma é uma pedra no sapato de todos os trabalhadores, pois impede que os seus sindicatos contem com a Justiça do Trabalho para deliberar pelo reajuste caso não haja acordo com os patronais.
O SindFar solicitou à DRT a intermediação da primeira reunião negocial como forma de agilizar o processo, considerando que apenas quatro dias nos separam da data-base (1º de março). Historicamente, as negociações encerram com muito atraso, desrespeitando o prazo legal para que os farmacêuticos tenham o seu reajuste anual.
Uma nova reunião com os sindicatos do comércio – desta vez, na Fecomércio, fora da Delegacia Regional do Trabalho, a pedido dos patronais – está marcada para o dia 17 de março. Até lá, os farmacêuticos precisam estar afiados com a nossa pauta. Converse com os colegas e difunda os nossos argumentos até mesmo junto à sua chefia, se tiver oportunidade, para que a voz dos farmacêuticos chegue com mais força aos patronais:
– estudos do Dieese sobre o salário mínimo ideal para atingir as garantias constitucionais de alimentação, saúde, educação, moradia, etc, é de R$ 2047
– o gasto mensal para formação de um farmacêutico é alto e às vezes, a mensalidade da faculdade é maior que o salário
– a responsabilidade civil e sanitária que temos pelo estabelecimento merece uma melhor remuneração
– há necessidade de valorização salarial do profissional de saúde. Comparando-se com a média salarial de outras profissões (motoristas de ônibus e vendedores, por exemplo, que não precisam de formação superior, nem respondem técnica e sanitariamente pelo estabelecimento)
– na maioria dos estabelecimentos há um acúmulo de trabalho (SNGPC, relatórios, etc) e jornadas extenuantes. Exige aperfeiçoamento constante (renovação do conhecimento)
– os índices apontam o contínuo crescimento econômico do setor farmacêutico
– outros argumentos que você deve ter na ponta da língua. Afinal, temos um salário injusto, que não condiz com a nossa função, seja dentro da farmácia, do hospital, da indústria, do laboratório, no serviço público, etc.
Fiscalização é problema para os patrões
Preocupados com o seu “negócio”, salvo raras exceções, os patrões historicamente não demonstram interesse em elevar a profissão farmacêutica. Na reunião marcada para discutir valorização salarial do profissional que garante a segurança e a saúde dos seus “clientes”, os patrões do comércio varejista pareciam mais interessados em reclamar da fiscalização do exercício da profissão realizada pelo Conselho Regional de Farmácia. Como se manter o profissional no estabelecimento fosse uma concessão, e não uma previsão legal.
Todos os anos, a fiscalização da presença do farmacêutico nos estabelecimentos é usada pelos patrões para tirar o foco da discussão salarial e barganhar um reajuste salarial indecoroso aos farmacêuticos. Para além de uma obrigação legal, a fiscalização é uma das nossas principais garantias de campo de trabalho. Ao ignorar essa realidade, o sindicato do comércio demostra que não vê o farmacêutico como profissional que presta um serviço essencial à população, mas como uma pedra no sapato para o seu negócio. O SindFar repudia vementemente essa prática rasteira e imoral.
Saiba quem participou da reunião:
– Pelo SindFar: a presidente Caroline Junckes e a assessora jurídica Evelise Machado
– Pelos patrões: Odson Cardoso (SINCAMESC), Rafael Souza de Arruda (FECOMÉRCIO), Claudinei Constante (SINCOFARMA Criciuma, Joinville, Tubarão e Blumenau), Farmacêutico Sérgio Giacometti (SINCOFARMA Oeste de SC) e Rubens Fernando Andrade (SINCOVAFARMA – Florianópolis), Rodrigo Linhares (SINDILAB) e Carlos Alberto Medeiros (Fehoesc).
15 de fevereiro
Agendada primeira reunião de negociação
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego agendou para 24 de fevereiro, às 14 horas, a primeira reunião entre o Sindicato dos Farmacêuticos com os sindicatos patronais. É a primeira rodada de negociação, onde o SindFar vai defender o piso salarial de R$ 2.580,00 + INPC para os profissionais que atuam em Santa Catarina, além de outros benefícios, como reajuste do auxílio-creche e alimentação, gratificação por direção técnica, etc. “A nossa pauta já foi avaliada pelos sindicatos do comércio em reunião no dia 9 de fevereiro na Fecomércio. Então, esperamos que já haja uma contra-proposta desse setor”, afirma a presidente Caroline Junckes.
É hora de sensibilizar os colegas e também de defedender as nossas reivindicações junto aos patrões. Valorizar o farmacêutico é cuidar da saúde pública.
17 de janeiro
No mês do Farmacêutico, entre na campanha pela valorização profissional
Ao longo do mês de janeiro, atividades por todo o Brasil enaltecem o papel fundamental do farmacêutico para a saúde da população em todas as suas 75 áreas de atuação. Para o Sindicato dos Farmacêuticos, é hora de levantar a bandeira para que essa contribuição seja valorizada. Por isso, convoca todos os profissionais a entrar na campanha salarial 2011/2012. No dia do farmacêutico, 20 de janeiro, coloque no peito o adesivo da campanha. O material foi enviado pelo correio, juntamente com o boleto da filiação, mas também está à disposição na sede do SindFar e do CRF/SC. Participe!
17 de janeiro
Finalizadas assembleias, é hora de defender a pauta
Concluídas as assembleias regionais, os farmacêuticos consolidaram sua pauta de reivindicações. O documento congrega uma série de avanços importantes, como auxílio-saúde, abono de um dia de trabalho no Dia do Farmacêutico e gratificação por RT e direção técnica.
Alguns desses benefícios figuram há anos no roll de reivindicações dos profissionais, mas os sindicatos patronais não abrem possibilidade de negociação. A alegação é sempre a mesma: a falta de recursos. Um argumento que não condiz com a realidade relatada todos os dias nos jornais brasileiros.
De 2008 para 2009, as maiores redes do país tiveram um aumento nas vendas de quase 25%, chegando a faturar R$ 14,4 bilhões. Apesar dos dados de 2010 ainda terem sido computados, a expectativa para o ano era de que esses lucros continuassem em ritmo crescente. Apenas o setor de cosméticos projetava crescimento médio de 20% para o ano passado. “O piso de 2.580,00 é mais do que plausível, pois todas as áreas tiveram crescimento no país. Não é possível negar”, argumenta a presidente do SindFar, Caroline Junckes.
A pauta dos farmacêuticos será enviada para conhecimento dos patronais neste mês de janeiro e em fevereiro iniciam as rodadas de negociação, quando poderemos defender nossos argumentos
09 de dezembro
Discussão da pré-pauta em Lages, Caçador e Blumenau
Depois das assembleias em Criciúma, Joinville, Florianópolis e Chapecó, os farmacêuticos ainda tem oportunidade de discutir a pré-pauta em outras três regiões: Lages, Caçador e Blumenau. Os diretores do SindFar farão a apresentação da pauta nessas três cidades durante a entrega das carteiras profissionais, promovida pelo CRF/SC. Confira as datas e locais e participe!
LAGES e REGIÃO – 10 de dezembro, 19:30h Map Hotel (Rua Hercílio Luz, 522 – Centro)
CAÇADOR e REGIÃO – 11 de dezembro, 19h Hotel Esplanada do Contestado (Rod. SC 302, S/N – Km. 2 – Bairro Industrial – Caçador)
BLUMENAU e REGIÃO – 15 de dezembro, 19h Hotel Gloria Sete de Setembro, 954
26 de novembro
Primeira assembleia em Criciuma
Sessenta farmaceuticos compareceram à primeira assembleia do SindFar nesta quinta-feira, 25 de novembro, em Criciúma.
Realizada em conjunto com o CRF/SC, que entregou carteiras profissionais a 29 novos colegas, a atividade também debateu a proposta da Comissão de Farmácia do Conselho para a deliberação que regrará a atuação de diretor, assistente técnico e substituto dentro das farmácias e drogarias.
Os profissionais reivindicam que a proposta contemple uma situação bastante comum: as faltas dos empregados durante aulas de pós-graduação.
A medida é prevista na pré-pauta dos farmacêuticos. Veja:
Cláusula 20- ABONO DE FALTAS 20.1) AO ESTUDANTE Serão abonadas as faltas do empregado estudante nos horários de exames ou aulas de pós-graduação desde que realizados em estabelecimento de ensino oficial ou reconhecidos legalmente como estabelecimento escolar, mediante comunicação prévia ao empregador, com o mínimo de 72 (setenta e duas) horas, e comprovação posterior.
Nesta sexta-feira (26), o encontro se repete em Joinville, no norte do estado.
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PRINCIPAIS PROPOSTAS
Cláusulas econômicas
-> Piso para 200 h/mês – 2.580,00 + INPC -> Reajuste para salários acima do piso – 5%
Cláusulas sociais -> Auxílio Creche – R$ 200,00 -> Auxílio Saúde – R$ 200,00 -> Vale refeição – R$ 15,00 por dia útil trabalhado e R$ 25 por plantão -> Vale alimentação – R$ 350,00 -> Dia do Farmacêutico e aniversário – abono no valor de um dia de trabalho -> Gratificação por direção técnica – 35% -> Fornecimento de medicamentos a preço de custo para profissionais e parentes até 1º grau
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