A diretoria do SindFar aguarda resposta da Federação dos Hospitais (Fehoesc) e do Sindicato dos Laboratórios (Sindilab) sobre a contraproposta para a campanha salarial. Na semana passada, farmacêuticos hospitalares organizados rejeitaram a proposta do patronal, que ofereceu parcelamento do reajuste salarial em duas vezes de 5.5%. A mesma proposta foi oferecida pelo Sindilab aos farmacêuticos que atuam nos laboratórios (veja TABELA 1) e rejeitada pelo SindFar. "Apenas aceitaremos propostas que reponham minimamente as perdas salariais", afirma a presidente Fernanda Mazzini.
Os farmacêuticos hospitalares afirmam que concordam em parcelar o reajuste salarial sob a condição de que o percentual seja superior à variação do INPC (11,08%) ou que viabilize a equiparação ao piso pago nos laboratórios (veja TABELA2). Atualmente os hospitais estão entre os empregadores que pagam os pisos mais baixos em Santa Catarina e, segundo os colegas, o 3º pior do país.
Nas últimas negociações, os farmacêuticos hospitalares de Santa Catarina vem mostrando intensa organização, participando ativamente das assembleias do SindFar e das negociações, dispostos a lutar para mudar a sua realidade. Eles reivindicam remuneração compatível com a responsabilidade da função hospitalar e argumentam sobre a dificuldade de se manter com salário entre R$ 2,2 e R$ 2,3 mil em Santa Catarina, Estado que tem alto custo de vida.
“Muitos colegas cursam pós-graduação para se especializarem na área hospitalar e não tem retorno salarial. A médio prazo, isso desestimulará os farmacêuticos a atuarem nesta área. Então, o problema não será apenas do profissional mal-remunerado, mas também dos hospitais e dos usuários”, afirma Nanda.
Confira as propostas:
Proposta dos patronais dos hospitais e dos laboratórios:
– Reajuste de 11,08%, equivalente ao acumulado do INPC, em duas vezes de 5.5%
Contraproposta dos farmacêuticos hospitalares:
– Equiparação ao piso aos Laboratórios dividido em 6 parcelas para profissionais que recebem o piso:
– Reajuste de 13% dividido em 2 parcelas de 6,5%, para profissionais que recebem acima do piso.
TABELA 1
|
TABELA 2
|
|
Proposta dos patronais
|
Contraproposta dos farmacêuticos hospitalares
|
|
|
|
|