“Não é o fim da história”, declara presidente da Fenafar após aprovação da PEC 55
A aprovação pelo Senado Federal da PEC 55 gerou revolta dos setores que lutam em defesa da saúde pública. A medida, que congela por vinte anos os investimentos, limita os gastos do governo à variação inflacionária do ano anterior em áreas já subfinanciadas.
O presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, classificou a aprovação da proposta como uma grandiosa derrota para o povo. Ele lembrou que neste mesmo dia, em 1968, o povo brasileiro sofria também um golpe: a instituição do Ato Institucional nº 5, que marcou o início do mais duro período da ditadura militar.
"Hoje vivemos mais um ataque aos direitos do povo brasileiro. Mas estamos convocando todos aqueles que acreditam na saúde como direito a afirmar: não é o fim da história. Vamos resistir em todos os espaços políticos, jurídicos e sociais pra não permitir que esta ruptura da constituição signifique mais mortes e menos vidas para o povo brasileiro", afirmou o farmacêutico em vídeo divulgado nas suas redes sociais.
A medida foi aprovada por 53 senadores. 16 votaram contra. A senadora farmacêutica Vanessa Grazziotin e outros senadores, dentre eles o catarinense Dario Berger, ainda tentaram excluir a saúde e a educação do projeto, sem sucesso. "É preciso distinguir o custo em saúde comparado com material de consumo, por exemplo", disse o senador, em nota.