21
jun

Ciência e Tecnologia a favor da vida e do desenvolvimento nacional

Ciência e Tecnologia não são assuntos meramente técnicos e nem neutros em nossa sociedade. Elas podem ser apropriadas por um setor econômico que visa apenas o lucro, ou desenvolvidas orientadas pela promoção da qualidade de vida, olhando os interesses públicos da maioria da sociedade. Foi salientando que a Escola Nacional dos Farmacêuticos e a Fenafar se situam ao lados dos que se pautam em defesa da vida, do interesse público e do desenvolvimento nacional que aconteceu nesta quinta-feira, em Goiânia, a abertura o 1º Seminário – Farmácia: Ciência e Tecnologia a favor da vida, promovido pela Escola Nacional dos Farmacêuticos em parceria com a Fenafar – Federação Nacional dos Farmacêuticos.

 

 

Uma breve cerimônia de abertura antecedeu o primeiro debate do evento. Participaram da cerimônia o vice-presidente do Sindicato da Saúde de Goiás, que destacou a importância do seminário e a necessidade de ampliar a mobilização do povo brasileiro por direitos.

O presidente da Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico – Abenfar, Paulo Arrais, elogiou os organizadores pela escolha da temática do seminário, ressaltando que a “educação superior precisa de apoio para promover mudanças a partir dos novos paradigmas de Ciência e Tecnologia”.

O representante do Conselho Federal de Farmácia Rogério Hoefler fez sua saudação e falou da importância dos debates que ocorrerão no seminário da Escola Nacional dos Farmacêuticos, para contribuir com as discussões no sentido de superar a deficiência na formação do farmacêutico, em particular as oferecidas pelas instituições privadas. Porque, um dos papéis dos farmacêuticos é ter habilidades e competências para “pesquisar e desenvolver novos produtos para a saúde e como lidar com as novas tecnologias, já que penas 10% dos novos fármacos representa uma verdadeira inovação farmacêutica”.

Representando o presidente da Anvisa, a farmacêutica Maria Eugênia Cury parabenizou a Escola Nacional dos Farmacêuticos pela “pela promoção de eventos com temas de extrema relevância que aliam a discussão de temas políticos com a capacitação técnica do profissional, e isso é um caminho correto para fazermos esses debates, lembrando que nem ciência e nem tecnologia são neutras, e quando definimos que o recorte desta discussão é a Ciência e a Tecnologia a favor da vida, estamos estabelecendo um recorte político importante”.

Carlos Rangel, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Inovação Farmacêutica, destacou que “a área de conhecimento da farmácia demorou muito tempo para se encontrar no país. O INCT-if ter agregado diversas áreas de conhecimento em farmácia foi uma iniciativa importante para que a categoria consiga se identificar nos diferentes segmentos da atuação farmacêutica”.

O presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, destacou que os farmacêuticos têm dado uma contribuição importante para a agenda de defesa da saúde. “Tanto neste debate, como no embate político da sociedade brasileira, podemos focar a questão do trabalho dentro da discussão da ciência e tecnologia no desenvolvimento das relações capital e trabalho. Isso, porque a ciência só vira tecnologia quando ela entra na linha de produção. E o que nós temos visto ultimamente, é a necessidade de outros olhares, não só o do capital, na discussão das relações de trabalho que não esteja focado só no capital. Precisamos discutir como a ciência e tecnologia impactam no trabalho do farmacêutico, e em favor de quem esta ciência e tecnologia será aplicada. Para nós, ela tem que ser aplicada em favor da vida”.

Ao final, a presidente da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite, que também é dirigente do SindFar e vice-presidente do CRF/SC, saudou os participantes do Seminário lembrando que “recentemente, publicação do jornal Folha de S.Paulo destacou as 15 profissões mais procuradas no país, entre as quais o farmacêutico aparece, principalmente em razão nas áreas da profissão que exigem maior nível de capacitação, como a área de teste de medicamentos, que tem levado a uma procura de farmacêuticos que tenham conhecimento técnico. Também uma reportagem do Jornal da USP mostra o papel dos farmacêuticos no atendimento a idosos pode melhorar a qualidade de vida. Esses exemplos mostram a importância e o grau de responsabilidade que o farmacêutico tem na sociedade, em todas as áreas – análises clínicas, desenvolvimento de medicamentos, atendimento ao usuário. Por isso, temos que ampliar o debate para discutir para que e com que finalidade estamos desenvolvendo o nosso fazer e aplicando o nosso conhecimento. Nós temos um projeto para essa área? Um projeto de nação? Estamos a serviço do mercado ou da população brasileira? Estamos a serviço do desenvolvimento do país? Estas são as questões que têm permeado nosso debate e são as preocupações da Fenafar e da Escola Nacional dos Farmacêuticos para contribuir com a discução sobre o destino para o qual estamos caminhando a nossa profissão a partir do desenvolvimento que nossa área tem apresentado nos próximos anos”.

 

Fonte: Fenafar/Renata Mielli

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