Políticas medicamentosas e de saúde para as mulheres tem debate nacional
Atentar para o uso indiscriminado de anorexígenos e garantir o adequado fornecimento de anticoncepcionais e outras formas de contracepção para avançar nas garantias dos direitos reprodutivos. Garantir que a produção de medicamentos e insumos esteja de acordo com as necessidades do SUS e que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) priorize a análise do pedido de patente do medicamento Sofosbuvir (para o tratamento da hepatite C). Estas e outras propostas fazem parte do documento orientador sobre políticas de saúde para as mulheres produzido pela Fenafar. A intenção é oferecer suporte às/aos profissionais que atuam no serviço público ou integram conselhos de saúde e que participam dos processos de Conferência Nacional de Saúde da Mulher.
A segunda edição da conferência acontece mais de trinta anos depois da primeira, em 1986. Até o final de maio, por todo o país, as fases municipais ou regionais acolhem as propostas de conselheiros/as, gestores/as, usuários/as e profissionais de saúde para o aprimoramento do SUS no que diz respeito a atenção à saúde das mulheres. Também elegem as/os delegados/as para as etapas estadual e nacional.
Em Santa Catarina, há diversas conferências agendadas em preparação à etapa estadual, marcada para os dias 9, 10 e 11 de junho. Na região da Grande Florianópolis, vinte municípios realizaram o evento em conjunto. A capital fará sua conferência nos dias 19 e 20 de maio e terá dois eventos preparatórios em 26 de abril e 10 de maio. A farmacêutica Fernanda Manzini, que atua na área da farmácia pública municipal e representa o Sindicato dos Farmacêuticos no Conselho Municipal de Saúde de Florianópolis, é coordenadora adjunta da comissão organizadora do evento na capital. Segundo Fernanda, as conferências também são espaços privilegiados para se discutir o reflexo da retirada de direitos na saúde da população, e de forma especial, das mulheres. “As reformas trabalhistas e previdenciárias têm grande impacto na vida das mulheres, que sobrecarregadas com múltiplas jornadas terão que trabalhar mais tempo para alcançar a aposentadoria, por exemplo. A terceirização, que implica em mais acidentes trabalho, também traz condição de precarização para as mulheres”, afirma.
Confira a íntegra do documento orientador produzido pela Fenafar