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maio

Reajuste nos hospitais será de 6% e patronal dos laboratórios não concede ganho real para farmacêuticos

Em reunião única nesta quarta-feira, 21 de maio, foram fechados os acordos salariais dos farmacêuticos dos hospitais e laboratórios. Esgotadas as discussões das propostas dos patronais, os pisos salariais não alcançaram nem a metade do reajuste reivindicado pelos farmacêuticos, o que também ocorreu com as negociações do comércio e das transportadoras. Seguindo os patronais do comércio, os hospitais concederão aos farmacêuticos apenas 6%, ou seja, o equivalente à variação do INPC (5.38%) acrescido de 0,7% de ganho real – ou seja, menos de 1%.  O piso ficou em R$ 2.207,98 para os farmacêuticos com especialização na área hospitalar e R$ 2.094,56 para quem não tem especialização.

Mas o acordo mais decepcionante foi o dos colegas que atuam nos laboratórios. Através de uma representante, a presidente do Sindilab enviou a proposta mais rebaixada de toda campanha salarial: APENAS o reajuste equivalente à variação do INPC: 5.38%. O piso passará para R$ 2.813,65. O sindicato patronal que, por anos seguidos, construiu a progressiva valorização do farmacêutico com a oferta de ganho real a cada negociação – o que, a propósito, elevou o salário dos colegas acima dos demais – nos últimos anos, hoje parece desconhecer a importância de um farmacêutico bioquímico dentro dos laboratórios. "O Sindilab vem tratando os farmacêuticos com desconsideração. A sua diretoria sequer comparece pessoalmente a uma reunião de negociação e sua única proposta é vergonhosa", afirma a presidente Fernanda Mazzini. 

Pelo menos um aspecto foi positivo nos acordos com hospitais e laboratórios: os farmacêuticos terceirizados que atuam em laboratórios dentro dos hospitais, que até o momento não tinham garantia de que convenção os abrangia, deverão seguir a convenção dos laboratórios.

Para Nanda, os resultados das negociações precisam servir de aprendizado para a categoria. "Precisamos de muito mais mobilização desde o início da campanha, na formulação da pauta, até as mesas de negociação, para alcançarmos os salários que merecemos", alerta a farmacêutica.

Veja como ficaram as negociações até agora

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