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jul

“Para fortalecer o farmacêutico e a farmácia hospitalar”

Há vinte anos, em 1994, o SindFar fechava a primeira convenção coletiva para garantir um piso salarial e cláusulas específicas para os farmacêuticos que atuavam dentro dos hospitais catarinenses.  Até então, os direitos destes colegas eram previstos na convenção dos farmacêuticos dos laboratórios. Mas os desafios que um hospital traz para um farmacêutico são completamente diferentes dos outros setores: é preciso acumular conhecimento técnico, clínico e até administrativo.

LEIA ÍNTEGRA DO ARTIGO ASSINADO PELA PRESIDENTE FERNANDA MAZZINI


Foi com a intenção de prever as necessidades específicas dos farmacêuticos hospitalares, como plantões e escalas de trabalho diferenciadas, que o sindicato decidiu propor uma convenção específica ao sindicato patronal.

Duas décadas depois, o piso dos farmacêuticos hospitalares mantém-se como um dos mais baixos do Estado. As negociações avançam muito pouco nas cláusulas econômicas e sociais.

Se houve avanços? Sim, houve. Há dois anos, por exemplo, a negociação entre o SindFar e o patronal dos hospitais conseguiu criar um patamar salarial diferenciado para os profissionais especializados na complexa área hospitalar. Neste ano, conseguimos o reconhecimento dos colegas que, por trabalhar nos laboratórios dentro dos hospitais, até então não eram enquadrados pelos patrões nem na convenção dos farmacêuticos hospitalares, nem nas dos laboratoriais. Restava a eles a convenção generalista dos demais funcionários do hospital, a chamada “categoria preponderante”. A partir de agora, eles serão remunerados de acordo com o piso dos farmacêuticos laboratoriais.

Mas há muito a avançar. E como faremos isso? Só há um jeito: mobilizando dos colegas que atuam neste setor. É preciso que os farmacêuticos hospitalares organizem-se, unam-se e tragam para o sindicato a realidade de dentro dos hospitais.
Neste ano, os patronais propuseram trocar as cláusulas sociais da convenção dos farmacêuticos pelas da convenção da categoria preponderante. Algumas das cláusulas parecem interessantes, mas mesmo assim, é preciso que os farmacêuticos que vivem o dia-a-dia da farmácia hospitalar avaliem a proposta e digam o que desejam fazer constar na convenção.

Neste 02 de julho, Dia do Hospital, o SindFar parabeniza os colegas que tem privilégio de fazer reconhecer a importância da nossa categoria dentro das equipes multidisciplinares de saúde, e os conclama a reforçar a nossa luta. Com sua ajuda, podemos construir uma nova era no processo de organização dos farmacêuticos que atuam dentro dos hospitais. O sindicato tem as portas abertas para receber as demandas da categoria e formular soluções. É assim que todos juntos podemos construir uma farmácia hospitalar com a qualidade que a população precisa e com a valorização profissional que o farmacêutico merece.

Fernanda Mazzini, presidente do SindFar/SC

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