29
maio

Abaixo-assinado fortalece mobilização dos farmacêuticos hospitalares

O abaixo-assinado que reivindica equiparação do salário dos farmacêuticos hospitalares com o piso dos profissionais das farmácias e drogarias da maior parte do Estado continua recebendo adesões. Criado há onze dias, o documento já tem apoio de quase o mesmo número de profissionais que atuam nas farmácias hospilarares em Santa Catarina. A expectativa dos colegas é ter oportunidade de defender seus argumentos em negociação diretamente com os patronais.

A comissão que acompanha a negociação para o reajuste do piso farmacêutico no setor hospitalar reuniu-se na sede do SindFar nesta segunda, 29 de maio,com a intenção de definir os novos passos da campanha salarial. Os profissionais que representam os mais de 460 farmacêuticos que atuam nas farmácias hospitalares do Estado pretendiam reunir-se com a direção da Federação dos Hospitais de Santa Catarina para apresentar argumentação em defesa da equiparação salarial, mas não foi recebida pelo patronal, que alegou indisponibilidade de agenda. Agora, os profissionais definiram um prazo de vinte dias úteis para que a Fehoesc agende a reunião de negociação. O pedido será protocolado na sede da federação esta semana.

Os farmacêuticos hospitalares de Santa Catarina começaram a se mobilizar há cerca de três anos. Desde então, passaram a participar ativamente da construção da pauta de reivindicações junto com o SindFar e também fizeram parte de várias mesas de negociação, sempre levando elementos que comprovam a alta relevância dos profissionais farmacêuticos dentro das farmácias dos hospitais. "Sabemos que a recessão é grande, mas sempre há uma justificativa (patronal) para não valorizar o nosso salário", explica um dos profissionais. "Queremos uma nova oportunidade para ouvir e também oferecer os nossos argumentos", complementa outra colega.

Desde 2011, o piso nos hospitais é diferenciado para beneficiar os farmacêuticos que contam com especialização na área, reconhecendo o aperfeiçoamento que a área exige. Entretanto, com um salário de R$ 2.505,96 e uma jornada de 44 horas semanais, a dificuldade em alcançar a requerida especialização permanece. Enquanto isso, os profissionais especializados recebem apenas R$ 135,07 a mais: R$ 2.641,03. Os profissionais lutam para equiparar o seu piso ao dos farmacêuticos que atuam na maioria das farmácias e drogarias do Estado: R$ 2.970,00. Para isso, o reajuste salarial teria que ser de 18,50%. Mas os patronais desejam oferecer apenas o equivalente à variação do INPC (4,69%), sem ganho real.

"Não medimos esforços físicos, intelectuais e financeiros para promoção de constante atualização e qualificação através de cursos autorizados pelos órgãos competentes e configuramos ainda um papel importantíssimo e extremamente estratégico de gestão, controle de qualidade e resultados financeiros, somado a uma atividade técnica de altíssima complexidade, ainda que este profissional ocupe uma baixíssima porcentagem do quadro geral de colaboradores e folha de pagamento de cada uma das instituições catarinenses", afirma os profissionais, no texto do abaixo-assinado. Leia e assine neste link

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