Entre tubarões e chupins
Quanto se paga pelo atendimento à saúde é assunto delicado. A solenidade investida nas ações e cuidados assistenciais desautoriza a busca de melhor qualidade por menor preço. As bases de confiança mútua, a confidencialidade das relações entre profissionais de saúde e pacientes e a complexidade e prolongamento dos cuidados tornam as contas difíceis de entender. Mesmo no sistema público, vigem regras de etiqueta específicas, mas não radicalmente opostas. Falar à vontade sobre os baixos salários dos contratados pelas secretarias de Saúde e dos irrisórios valores de determinados procedimentos não é sinal de deselegância. Mas, a exposição de cifras para por aí. Não fica bem juntar na mesma fatura o que se paga com o que se faz. Tantas mesuras contrastam com a publicidade das contas da saúde nos sistemas de saúde de outros países, nos quais custos e preços deixaram de ser misteriosos. Leia a íntegra do artigo da doutora em Saúde Pública Lígia Bahia