30
set

Família é a união de pessoas por laços de amor

Depois da aprovação do Estatuto da Família pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, um amplo movimento tomou conta da sociedade brasileira para tentar barrar a lei que define família como o núcleo constituído apenas por um homem, uma mulher e seus filhos biológicos.

Para o diretor de Direitos Humanos da Fenafar, Dalmare Anderson, “considerar família apenas o casal homem, mulher e seus filhos biológicos é uma afronta a sociedade em que vivemos. Dados da PNAD mostram que mais de 50% dos arranjos familiares que temos são diferentes destes. O que falaremos para as crianças criadas pelos avós, tias, tios, as famílias de pais e mães solteiras? O que diremos para as crianças que podem ser adotadas por casais homossexuais, ou por homens e mulheres heterossexuais que decidiram viver sozinhos?”, questiona.

Na avaliação de Dalmare “esta lei é discriminatória e atinge o cerne da igualdade da nossa constituição, classifca as famílias como de primeira classe e de segunda. Não podemos ser a favor de qualquer questão que categorize ou normatize as formas de amar e os laços dos inúmeros tipos de famílias que nós temos na nossa nação".”

A proposta foi aprovada na última quinta-feira (24) por uma comissão especial constituída especialmente para discutir o Estatuto da Família, por 17 votos favoráveis e 5 contrários, mas quatro destaques ao texto ainda precisam ser aprovados.

Após a conclusão da votação, a regra é que o projeto siga para o Senado sem necessidade de ser votado pelo plenário da Câmara. Deputados podem, entretanto, apresentar recurso para pedir que o texto seja votado pelo plenário antes de ir para o Senado.

Da Fenafar com agências

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