Há uma década, na sede do SindFar/SC, em Florianópolis, formava-se o embrião da Política Nacional de Assistência Farmacêutica hoje vigência no Brasil. Na pequena sala, um grupo de farmacêuticos utilizou suas horas de folga e um pré-histórico computador PC 286 para sintetizar, em um documento o produto de intensos debates protagonizados pela categoria farmacêutica. Assim, dava forma e conteúdo ao que viria a ser a Resolução 338, aprovada em 06 de maio de 2004 pelo Conselho Nacional de Saúde. Como desdobramento, o Brasil viu nascer ações como melhorias no acesso aos medicamentos, quebra de patentes, reconhecimento das práticas integrativas e, mais recentemente, a instituição da farmácia como estabelecimento de saúde, dentre muitas outras.
Com o resgate desta história, o farmacêutico Norberto Rech, um de seus protagonistas, conclamou os participantes da segunda oficina para avaliação dos 10 anos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica a construirem o segundo capítulo da implementação do plano que procura garantir o acesso pleno da população brasileira aos medicamentos e à assistência farmacêutica de qualidade. É o que pretende a série encontros promovidos pela Escola Nacional dos Farmacêuticos (Enafar/Fenafar): formular propostas capazes de ampliar as políticas já existentes na área, impulsionanado a sua aprovação na próxima Conferência Nacional de Saúde para que as ideias saiam do papel e virem benefícios para os toda a população usuária do SUS.
O primeiro dia do evento concentrou uma centena de participantes, entre farmacêuticos, gestores e participantes dos mecanismos de controle social (conselhos de saúde) no Hotel Castelmar, na capital catarinense. Após a mesa de abertura, a presidente da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite Contezini, fez um breve resgate dos debates e da mobilização da categoria que culminaram na constituição da Resolução 338 do do Conselho Nacional de Saúde de 06 de maio de 2004, que norteia a Política Nacional de Assistência Farmacêutica.
Durante a tarde, o público se dividiu em cinco grupos para debater os temas "Universalidade do acesso à saúde no SUS: medicamentos, serviços e práticas integrativas no sistema público e privado", "Recursos Humanos no SUS", "Financiamento da Assistência Farmacêutica", "Gestão da Assistência Farmacêutica" e "Desenvolvimento científico e tecnológico.
A Oficina tem o apoio do Sindicato dos Farmacêuticos (SindFar/SC) e do Conselho Regional de Farmácia (CRF/SC). Ainda nesta noite, a programação reserva espaço para o ato solene em comemoração aos 40 anos da Fenafar. Acompanhe todos os desdobramentos do evento no Facebook da Fenafar, do SindFar e do CRF/SC.
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Presidente da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite Contezini fez um resgate dos debates e da mobilização da categoria que culminaram na constituição da Resolução 338 do do Conselho Nacional de Saúde
Cleidson Valgas, vice-presidente do Sindicato dos Farmacêuticos, destacou a importância da valorização do profissional farmacêutico e das suas condições de trabalho como peças fundamentais para o exercício da política nacional de assistência farmacêutica
Representantes de 46 municípios catarinenses participaram da primeira atividade da Oficina
Presidente do CRF/SC, Hortência Tierling, na mesa de abertura da Oficina
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