Negociação: Patrões querem pagar o INPC em duas parcelas
Pela proposta patronal o reajuste do piso seria de 4,69% pago em março e junho.
A proposta apresentada pelos representantes dos sindicatos do comercio varejista, durante a primeira reunião de negociação realizada na Fecomércio nesta quarta-feira (15), prevê o reajuste do salário pelo INPC acumulado de fevereiro que ficou em 4,69% pago em duas parcelas, uma em março e a outa em junho.
A presidenta do SindFar, Fernanda Mazzini (Nanda) saiu insatisfeita da reunião. Segundo ela a proposta ficou aquém do reivindicado pelos farmacêuticos que desejam ver o seu salário equiparado ao maior piso pago à categoria no estado de Santa Catarina.
Durante a reunião os representantes patronais informaram que estudam a possibilidade de aplicar integralmente o percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC para reajustar o auxílio creche que hoje é de R$ 133,30. A categoria reivindica um auxílio creche de trezentos reais.
Os patrões também estão avaliando a possibilidade de implantação da jornada especial onde o profissional farmacêutico tem direito, a cada dois meses mediante escala previamente ajustada, dois dias consecutivos de repouso semanal remunerado no sábado e no domingo no mesmo final de semana.
Outra questão que está sendo analisada pelos patrões é o aumento do percentual da multa paga em caso de atraso do salário. Hoje o percentual por dia de atraso é de 0,05% e a categoria reivindica 3%. As demais cláusulas da convenção não entraram em discussão.
A direção do SindFar deve se reunir nos próximos dias para avaliar as propostas. A presidenta Fernanda Mazzini não descarta a realização de uma assembleia geral dos farmacêuticos antes da próxima reunião de negociação marcada para dia 29 de março. "Precisamos considerar que a negociação não se resume às questões econômicas, existem várias cláusulas sociais que sempre são deixadas de lado pelos patrões," avaliou.