19
jan

SindFar apoia greve dos municipários da capital

A diretoria do SindFar/SC manifestou oficialmente seu apoio aos funcionários municipais de Florianópolis que deflagraram greve na última terça, 17 de de janeiro. Centenas de professores/as, médicos/as, enfermeiros/as, farmacêuticos/as, auxiliares, assistentes sociais e trabalhadores de outras categorias paralisaram suas atividades por tempo indeterminado.
 
greve_sintrasemEles reagem contra os atrasos nos pagamentos e o pacote de medidas anunciado pelo prefeito recém-empossado e ex-deputado federal Gean Loureiro (PMDB). Sob o pretexto de enxugar o orçamento e em pleno recesso parlamentar, Loureiro apresentou projeto à Câmara Municipal com uma série de medidas que oneram os funcionários, como o fim do Plano de Cargos e Salários e de benefícios que complementavam os já baixos vencimentos pagos a muitos funcionários. Veja as medidas contestadas pelos trabalhadores.
 
O prefeito e a Câmara Municipal empenham-se ainda para acelerar a votação do pacote, restringindo a discussão do projeto pelos vereadores e também pela população. Atendendo à vontade do prefeito, a maioria dos vereadores aprovaram regime especial para a tramitação do pacote de medidas, reduzindo o tempo até a votação. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal (Sintrasem), os funcionários estão em greve para reivindicar especialmente a suspensão da tramitação do projeto na CMF.
 
Cerca de 50 farmacêuticos atuam no serviço público em Florianópolis. "Estes farmacêuticos não recebem super salários, trabalham de 30 a 40 horas prestando serviço à população de Florianópolis e grande parte do salário é composta pela gratificação de Responsabilidade Técnica (agora em processo de incorporação ao salário por conta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS)", diz a nota do SindFar, que também critica o foco da gestão municipal. "Desqualificar o trabalho dos servidores municipais e precarizar a carreira conquistada em anos de luta indica que a prioridade da atual gestão da Prefeitura de Florianópolis não é a população e o serviço público municipal, e sim a manutenção de privilégios aos empresários e aos grandes devedores de impostos do município. "
 
 
Leia a íntegra da nota do SindFar:
 
 
NOTA DE APOIO À GREVE DOS TRABALHADORES MUNICIPAIS DE FLORIANÓPOLIS
 
O conjunto de medidas enviadas pelo prefeito Gean Loureiro à Câmara de Vereadores de Florianópolis tem grande impacto nos serviços de saúde, uma vez que altera direitos dos servidores públicos e impactará na qualidade dos serviços prestados.
 
Nos últimos anos, a saúde pública de Florianópolis recebeu diversos prêmios e é considerada modelo na Atenção Primária à Saúde. A rede conta com cerca de 50 farmacêuticos que atuam nos Centros de Saúde, no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), nas Policlínicas, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), no Laboratório de Saúde Pública (LAMUF) e na Vigilância em Saúde. Estes profissionais contribuem para a qualidade dos serviços prestados no município, ao promoverem o acesso e uso racional dos medicamentos; o acesso a exames diagnósticos e de acompanhamento de agravos de interesse público; monitoramento da qualidade da água para consumo humano; garantia de que produtos, serviços e bens estejam adequados ao uso por meio das ações da vigilância sanitária; entre outras ações. 
 
Estes farmacêuticos não recebem super salários, trabalham de 30 a 40 horas prestando serviço à população de Florianópolis e grande parte do salário é composta pela gratificação de Responsabilidade Técnica (agora em processo de incorporação ao salário por conta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS). Ao propor a extinção do PCCS e das gratificações, o salário dos farmacêuticos será reduzido a valor inferior dos pisos estabelecidos para categoria pelo SindFar. O pacote de medidas também extingue a licença prêmio, o triênio, a incorporação de gratificações e as regras da previdência (aumentando a alíquota de contribuição dos profissionais e reduzindo o valor a ser recebido quando aposentado).
 
Desqualificar o trabalho dos servidores municipais e precarizar a carreira conquistada em anos de luta indica que a prioridade da atual gestão da Prefeitura de Florianópolis não é a população e o serviço público municipal, e sim a manutenção de privilégios aos empresários e aos grandes devedores de impostos do município. 
 
O SindFar se solidariza aos farmacêuticos servidores públicos de Florianópolis e a todos/as os/as demais trabalhadores/as da rede (quadro civil e do magistério) e manifesta apoio ao Sintrasem na luta pelos trabalhadores e condução da greve instalada desde o dia 17/01/17.
 
Por nenhum direito a menos! Por uma saúde pública de qualidade!

Compartilhe a notícia