SindFar, Fenafar e CRF/SC apoiam greve dos servidores da saúde
O SindFar/SC, em conjunto com a Fenafar e o CRF/SC assinam nota em apoio à greve dos servidores da saúde. O texto apela para que o Governo do Estado reabra as negociações com os servidores, paralisados há mais de um mês. Segundo a nota, mais de 300 desses trabalhadores são farmacêuticos. “Quando o assunto é vida ou morte, devemos colocar nosso conhecimento, na área que for, na defesa da vida. O antídoto para manter vivo os direitos do Povo é a luta e a solidariedade entre os trabalhadores”, diz o documento. Leia a nota na íntegra
Remédio ou Veneno?
Nota do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Santa Catarina, Conselho Regional de Farmácia de Santa Catarina e Federação Nacional dos Farmacêuticos sobre a Greve dos Servidores Públicos Estaduais da Saúde.
Nós Farmacêuticos mais do que qualquer outro profissional da saúde sabemos que a diferença entre remédio ou veneno esta na dose. Um remédio portanto pode ser também uma arma mortal, pois vejamos o que acontece hoje na Europa, a receita(austeridade, retirada de direitos, diminuição do papel do Estado, etc..) velha conhecida do povo Brasileiro, hoje esta destruindo aceleradamente o tecido social do velho continente, a Espanha, país onde o Governador do Estado de Santa Catarina por mais de uma vez foi realizar seus cursos de Formação Politica, podemos dizer que é hoje o país mais seriamente intoxicado, correndo o risco inclusive de sofrer amputações com fortalecimento de movimentos separatistas.
Tanto na Espanha como no Brasil, existe um antídoto: a Luta do Povo. Portanto, as entidades que representam os Farmacêuticos de Santa Catarina, o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Santa Catarina e Conselho Regional de Farmácia de Santa Catarina não poderiam deixar de manifestar sua total solidariedade aos Trabalhadores da Saúde do Estado e sua pauta de reivindicações.
Os trabalhadores da saúde no Estado de Santa Catariana, entre quais mais de 300 farmacêuticos, vem operando verdadeiros milagres ao longo dos últimos anos. São eles, os trabalhadores e não os aparelhos, que mantém uma parte importante do SUS catarinense ainda respirando. Tudo isso submetidos a salários baixos e condições precárias de trabalho, com jornadas extenuantes, responsabilidades técnicas e dedicação exclusiva não reconhecidas.
Nós, Farmacêuticos, dedicamos parte considerável de nossa formação a compreender os Mecanismos de Ação das Drogas. Agora no Século XXI, a biotecnologia, particularmente a imunologia, nos traz importantes avanços. Os Mecanismos de Ação dos anticorpos tem proporcionado a cura de doenças como o câncer. É o sistema de defesa mais uma vez, como no soro antiofídico, nos ensinando a defender a vida.
Para defender a vida, o Povo Brasileiro foi generoso, e um dos mais generosos do mundo, ao prever em sua constituição que “Saúde é um Direito de Todos e Dever do Estado”. O SUS, que é Lei por obra e ação do Povo Brasileiro, encara de frente as propostas liberalizantes de algumas “Escolas” espanholas.
Quando o assunto é vida ou morte, devemos colocar nosso conhecimento, na área que for, na defesa da vida. O antídoto para manter vivo os direitos do Povo é a luta e a solidariedade entre os trabalhadores.
Por isso, diante da Greve da Saúde em Santa Catarina, o SINDFAR-SC E O CRF-SC e a FENAFAR apelam ao Governador do Estado para que reabra as negociações. Caso contrario, entenderemos que o problema não está em ajustar a dose do remédio, mas na intenção de aplicar veneno.
Fernanda Mazzini – Presidente SINDFAR-SC
Hortencia Salett Muller Tierling – Presidente CRF-SC
Ronald Ferreira dos Santos – Presidente FENAFAR