Sindicato não é clube
CTB lança campanha em defesa da unicidade sindical pela união dos trabalhadores
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) está lançando uma campanha em defesa da unicidade sindical. A partir da publicação de uma série de materiais de comunicação, como anúncios em jornais, outdoors, publicidade em ônibus, na internet e nas redes sociais, a Central espera promover um debate a respeito do fortalecimento do movimento sindical e da classe trabalhadora. Este modelo de organização sindical em vigor no Brasil está em risco pela Reforma Sindical através da PEC 369/2005, em discussão no Senado Federal.
Para a CTB, a unicidade é uma proteção legal e um freio na fragmentação dos sindicatos, ao garantir uma única organização por base territorial e também o custeio das atividades pelo trabalhador. “Um sindicato forte não pode ser dividido. E para que seja forte precisa ser custeado pela classe trabalhadora”, defende Wagner Gomes.
A campanha está permeada por um mote muito claro: a necessidade de o Brasil alcançar um padrão mais elevado de desenvolvimento, a partir da valorização do trabalho e da distribuição de renda. Alcançar estas metas passa por garantir a unicidade. “Não se pode confundir uma organização sindical com um clube. A organização de um clube é formada a partir de opiniões pessoais, simpatias, laços afetivos ou diversão e podem ser criados quantos clubes forem possíveis em uma determinada cidade sem trazer quaisquer danos aos trabalhadores, porque tem como finalidade o lazer ou o assistencialismo”, afirma o secretário geral da CTB, Paschoal Carneiro.
O que é unicidade sindical – um modelo de organização dos sindicatos previsto no Artigo 8º da Constituição Federal, que prevê a existência de única organização por base territorial e a contribuição sindical.
O que prevê a reforma – a proposta abre espaço para o surgimento de entidades paralelas na mesma categoria. Também prevê que “a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei”. Para a CTB, na prática, o proposta pulveriza as organizações, divide e cria disputa nas categorias, o que diminui a capacidade de resistência e pressão dos assalariados. Além disso, coloca em sério risco a sustentação material da maioria dos sindicatos.
Participe da campanha!
É possível aderir e ampliar a discussão sobre a campanha através das redes sociais. Basta curtir no Facebook a página da Unicidade Sindical, seguir o perfil da Campanha no Twitter (@unicidadectb) e acompanhar o canal de vídeo no YouTube (Unicidade Sindical). Se preferir, envie sugestões para o endereço unicidadesindical@portalctb.org..br.
Com informações da CTB